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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Enfoque - 29-07-13

Coluna publicada na edição impressa de 29-07-13

PAPA
Na última semana disse que esperava que a passagem do papa Francisco pelo Brasil transcorresse na mais absoluta paz. Isso ocorreu, mas a humildade e o carisma do pontífice foram tão grandes que ele conquistou o coração da população, pois mostrou que realmente é uma pessoa iluminada, sempre com um sorriso fraterno nos lábios.
 
CRIANÇAS
Tratou a todos que cruzaram o seu caminho com muito respeito e igualdade, dando atenção especial às crianças, que fez questão de carregar e beijar. Não se esqueceu dos idosos e pediu sempre para que rezem por ele, uma mostra bem clara de que é humilde e precisa de ajuda para dar sequência a sua jornada de levar a palavra de Deus para milhões de pessoas.
 
ESTRUTURA
Se a passagem do papa pelo País foi excelente no aspecto espiritual, o mesmo não se pode dizer a falta de estrutura e planejamento dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro. Os peregrinos que foram se encontrar com o papa tiveram muita dificuldade com alojamento, alimentação e, principalmente, transporte público. Fica para os governantes uma amostra do que precisa ser feito para a Copa do Mundo no próximo ano e para as Olimpíadas, em 2016. 
 
POLICIAMENTO
A Polícia Militar colocou viaturas em frente ao antigo Bingo do Trevo no final de semana. Abandonado, o local estava sendo utilizado por jovens para o consumo de drogas e gerou muitas reclamações de moradores daquela região e de usuários do Parque da Cidade, que presenciavam todo tipo de situação degradante envolvendo dependentes químicos.
 
NEFASTA
Foi muito infeliz a declaração da vereadora Érica Monteiro (PT) sobre a imprensa limeirense, numa reunião de partidos no dia 20. Ela disse que era preciso fazer algo para combater a imprensa “nefasta”, generalizando profissionais que honram seu trabalho com outros que merecem críticas. Ela deveria explicar melhor essas críticas para não colocar todos no mesmo barco. 
 
José Antonio Encinas

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Enfoque - 22-07-13



 Coluna publicada na edição impressa de 22-07-13
  
SUBSÍDIO
A aprovação do subsídio para as empresas de transporte coletivo por parte dos vereadores na última semana, mostrou a força da bancada do prefeito Paulo Hadich (PSB) na Câmara. Mas essa decisão, na minha modesta opinião, foi errada. A Prefeitura vai pagar para que o valor da tarifa seja reduzido um pouco para os usuários, mas isso só poderia ocorrer depois de haver mudanças que refletissem num serviço de melhor qualidade.

TRANQUILIDADE
Simplesmente dar dinheiro para as concessionárias evitarem o aumento na tarifa é garantir a elas uma tranquilidade financeira que qualquer empresa gostaria de ter para investir em melhorias para seus clientes. Mas a maioria faz esses investimentos para depois aumentar sua clientela. No caso das empresas de transporte coletivo os clientes são fixos, pois grande parte da população se utiliza do transporte público.

RAPIDEZ
Outro fato que causou estranheza nesse processo foi a rapidez com que o Executivo imprimiu para apresentar e fazer passar na Câmara esse projeto do subsídio para as concessionárias do transporte público. Em um dia foi feita uma audiência pública rápida, que durou menos de três horas, onde os vereadores (principalmente os da oposição) não puderam fazer perguntas. No dia seguinte, o projeto já estava no Legislativo, para, na sessão seguinte, estar na pauta de votação.

DISCUSSÃO
Isso sem contar o regime de urgência especial que foi pedido para que tudo fosse feito na maior agilidade possível. Por que não discutir mais esse assunto tão importante, que vai representar gastos aos cofres públicos e que, de uma forma ou de outra, serão retirados de outros setores? Isso tudo causa indignação em parte da população, que esperava que o atual governo fosse diferente dos anteriores.

PAPA
O papa Francisco chega hoje ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude. Espero que a passagem do pontífice no País transcorra na mais absoluta paz, pois essa é a principal mensagem que ele procura levar para os católicos de todo o mundo. Tomara que as pessoas intransigentes não causem transtornos nesse momento tão especial, que reunirá cerca de 5 milhões de fiéis, incluindo milhares que vêm de outros países ao Brasil.

José Antonio Encinas

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Enfoque - 15-07-13

Coluna publicada na edição impressa de 15-07-13 

MOINHO
Um absurdo o abandono em que se encontra o moinho inaugurado há dez meses, como mostrou matéria da jornalista Cintia Ferreira, no sábado, na Gazeta. O obra consumiu R$ 1,4 milhão aos cofres públicos e foi feita num terreno particular, que só passará para o Município após aprovação de três loteamentos naquele local. Enquanto isso, os vândalos fazem a festa e nem segurança pode ser colocada lá por não ser área pública.

EXEMPLO
Essa obra serve como uma lição de como investir errado o dinheiro público. Com tantas prioridades em Limeira, a antiga administração preferiu gastar mais de R$ 1 milhão em algo que hoje serve de piada, pois a população nem pode entrar, pois está em um local particular. Só entra quem quer destruir. Que isso pelo menos sirva de exemplo para que outras obras mirabolantes como esta nunca mais sejam feitas em nossa cidade.

SAMSUNG
A notícia de que a Samsung confirmou que vai se instalar em Limeira, mesmo sem uma data para o início das obras, é muito boa. Havia  muita gente pessimista falando que a empresa tinha desistido de instalar uma fábrica na cidade. Segundo a direção da empresa coreana, a construção só não começou devido à instabilidade do governo em relação ao setor.

SUBSÍDIO
Promete ser quente hoje a última sessão ordinária da Câmara antes do recesso, que vai discutir o subsídio que a Prefeitura pretende dar às empresas do transporte público. Não vão faltar manifestantes para cobrar os vereadores sobre esse assunto. A maioria é contra por entender que os serviços prestados em Limeira não atendem ao mínimo de conforto que merecem os usuários.

BAIXA QUALIDADE
Acredito que antes de discutir qualquer subsídio, as empresas precisariam melhorar e muito o serviço oferecido, que não tem qualidade. Os ônibus são velhos, estão sempre atrasados, faltam abrigos e os usuários enfrentam sol e chuva. Portanto, sem essas melhorias, não se pode dar subsídio para as concessionárias.

José Antonio Encinas

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Enfoque - 08-07-13

Coluna publicada na edição impressa de 08-07-13


RODOVIAS
A onda de protestos pelo País continua e os que mais chamaram a atenção na última semana foram aqueles que paralisaram muitas rodovias, principalmente no Estado de São Paulo, causando transtornos para milhares de pessoas. Isso sem contar os atos de vandalismo e depredação de veículos e até praças de pedágio, como ocorreu em Cosmópolis. 
 
MORTES
As paralisações também causaram inúmeros acidentes nas estradas. Portanto, esse tipo de manifestação é muito perigoso, pois põe em risco a vida de muitas pessoas. Não contesto o direito dos manifestantes de protestar, mas ao parar uma rodovia, sem que nenhum motorista esteja sabendo, a possibilidade de acontecer acidentes graves é enorme. Portanto, os sindicatos dos caminhoneiros deveriam avaliar bem qualquer tipo de paralisação, para evitar mortes de inocentes, como vimos em várias cidades nos últimos dias.
 
AUDIÊNCIA
A audiência pública do transporte público, realizada na última quinta-feira, foi muito útil para que as pessoas pudessem dar sua opinião sobre os problemas que enfrentam no dia a dia. E olha que foi a primeira vez que isso aconteceu na história da cidade para discutir um tema tão importante como este. E também serviu para a Administração Pública explicar as melhorias que vai precisar exigir das empresas concessionárias nos próximos meses. 
 
FISCALIZAÇÃO
Além de exigir, a Prefeitura terá que ampliar e muito a fiscalização, para que tudo que está sendo prometido agora seja realmente colocado em prática. O que ainda vai causar muita discussão é o subsídio para as empresas que o Executivo apresentou aos vereadores, para que a tarifa possa ser reduzida a R$ 2,75. 
 
IRRITAÇÃO
Tem vereador que está irritado com essa atitude, pois a redução ou não da tarifa passou a ficar sob a responsabilidade dos parlamentares. O problema foi “empurrado” para o Legislativo resolver e qualquer decisão não vai agradar à maioria da população. Na quarta-feira, o assunto voltará a ser discutido na sessão ordinária da Câmara.
 
José Antonio Encinas

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Enfoque - 01-07-13

 
Coluna publicada na edição impressa de 01-07-13
 
VIAGEM
Imagine uma pessoa que resolveu tirar um mês de férias no exterior ou em algum lugar bem afastado onde ficou descansando sem receber nenhuma notícia do País nos últimos trinta dias, só espairecendo. Esse mesmo cidadão retorna de viagem e, assim que chega, fica sabendo que ocorreram “algumas mudanças” no Brasil.
 
MUDANÇAS
Aí ele pergunta: o que mudou? Seu interlocutor pede para ele sentar e começa a contar: “a população foi às ruas para reclamar da precariedade dos serviços públicos, do péssimo transporte público, da falta de segurança, da falta de médicos e remédios, da corrupção e da morosidade no trabalho dos políticos, enfim, as pessoas reclamaram de quase tudo. Algumas manifestações foram violentas, mas a maioria foi pacífica”. 
 
INCRÉDULO
O viajante então diz: “mas protestar não quer dizer que eles vão conseguir mudar alguma coisa”. E o amigo comenta: “só que os políticos ficaram com muito medo. A tarifa de ônibus foi reduzida na maioria das cidades, o pedágio não terá aumento neste ano, a presidente está falando em referendo, em plebiscito para poder fazer emendas na Constituição. Os deputados, em menos de um dia, rejeitaram a PEC 37, que iria tirar o poder de investigação do Ministério Público e estão desenterrando projetos que estavam parados há vários anos, tudo para favorecer a população”.
 
PRISÃO
Surpreso, o viajante afirma: “Isso é verdade mesmo?”. O amigo completa: “É sim, teve até um deputado federal de Rondônia que foi preso por desviar dinheiro da Assembleia Legislativa do seu estado. Foi o primeiro deputado na história do Congresso a ser preso durante um mandato”. “Poxa vida. Parece que o Brasil acordou mesmo!”, exclamou o viajante, ao saber também que a popularidade da presidente Dilma despencou de 57% para 33% em apenas três semanas. “Tudo isso ocorreu em tão pouco tempo e eu não estava aqui para ver”, reclamou.
 
MARCO
Definitivamente o mês de junho de 2013 já entrou para a história do País. As manifestações realizadas até agora se transformaram num marco das mudanças que ainda precisam ser feitas, que não são poucas. E pelo jeito, o povo aprendeu que pode buscar seus direitos cobrando mais agilidade e transparência de seus políticos. Cabe a eles agora maior criatividade na condução do poder e na melhoria dos serviços públicos, em qualquer esfera.
 
José Antonio Encinas