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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Coluna publicada na edição impressa de 19-07-10

INSEGURANÇA
Já abordei esse assunto na coluna várias vezes. Pode até parecer chato ficar falando que a insegurança é grande em Limeira. Todos sabemos que isso ocorre por diversos fatores, principalmente pela desigualdade social. Muitos dos que hoje assaltam são pessoas que não tiveram uma base familiar estruturada e, em consequência, com poucas oportunidades, partiram para o mundo do crime.

MAIS POLÍCIA
Como essa situação parece longe de ser solucionada, a população clama por mais policiamento. Mas parece que ocorre justamente o contrário. Cada vez mais vemos menos policiais nas ruas, principalmente a noite. É muito raro observar uma viatura fazendo patrulhamento pela cidade.

SEGURO
Com isso, a sensação de insegurança é enorme nas pessoas. Quem acaba obtendo bons lucros com essa situação são as empresas que comercializam produtos para aumentar a segurança das residências e as seguradoras. Hoje quem compra um carro nem pensa mais em sair com o veículo antes dele estar segurado, pois sabe que pode ficar sem esse bem, dado a quantidade de furtos e roubos desta natureza.

BANCOS
E falando em insegurança, a Prefeitura parece estar disposta a reduzir a quantidade de crimes nas saídas de bancos, as famosas “saidinhas bancárias”. Desde que começou a vigorar a lei municipal, mais rigorosa, foram aplicadas cinco multas no valor de R$ 13 mil aos bancos que estão em desacordo com leis municipais.

BANCOS II
A maioria das infrações é relativa a falta de painéis opacos nos caixas, para evitar que os clientes vejam a transação feita por quem está usando o equipamento. Mas não é só isso que os bancos precisam fazer para inibir a ação dos assaltantes. Também é necessário instalar câmeras de monitoramento.

CÂMERAS
De acordo com matéria publicada pela Gazeta na última semana, das cerca de 20 agências de Limeira, somente duas possuem câmera externa com alcance de 180 graus. O problema é que os bancos reclamam que dependem das matrizes para implantar as melhorias exigidas pela legislação municipal, que consistem em investimentos.

DEMORA
Isso quer dizer que mesmo com as fiscalizações que estão sendo feitas pela Prefeitura, ainda vai demorar um tempo para que tudo seja colocado em ordem, mesmo que isso renda mais algumas multas. O que se espera é que a Prefeitura continue fiscalizando e multando para pressionar as agências bancárias a se enquadrarem nessa legislação. Só assim os usuários vão sentir um pouco mais de segurança ao realizar serviços bancários.

JUSTIÇA
Demorou 25 anos para que um grupo de 157 aposentados de Limeira, que entrou com uma ação judicial contra a Previdência Social em 1985, cobrando valores relacionados a defasagem salarial, tivesse uma decisão favorável. O problema é que nenhum deles está vivo para receber o dinheiro, que ficará com herdeiros. Que Justiça é essa?

José Antonio Encinas

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Coluna do jornalista publicada na edição impressa do dia 12-07-10

VANDALISMO
Na última semana a Gazeta noticiou que uma série de atos de vandalismo vem ocorrendo no Horto Florestal. Nada escapa dos vândalos, que destroem tudo, como banheiros, torneiras, bancos e os brinquedos, um dos principais atrativos desse local. Devemos lembrar que muitos pais têm poucas opções de lazer para levar seus filhos para se divertir nos fins de semana. Esta é gratuita e deveria ser preservada.

SEM CONSCIÊNCIA
Sei que dos vândalos é difícil esperar qualquer gesto de consciência, mas um fato me deixou espantado. Até o sapê usado para cobrir os quiosques existentes no Horto são arrancados, mas por pessoas que frequentam o local. O motivo: para acender as churrasqueiras. Se quem usa não preserva, fica difícil. Mas por outro lado, está claro que falta fiscalização.

FISCALIZAÇÃO
Uma maior fiscalização por parte da Guarda Municipal, que tem como primeira função zelar pelo patrimônio público, poderia dar mais tranquilidade para todos aqueles que costumam freqüentar as dependências do Horto Florestal. Apenas um GM no local é pouco, devido ao tamanho das dependências. Talvez, com mais segurança os atos de vandalismo sejam reduzidos e os usuários possam desfrutar de todos os recursos deste espaço de lazer.

QUEIMADA
As donas de casa andam sofrendo com a sujeira provocada pelas queimadas. Nos últimos dias a fuligem caiu sobre a cidade e deixou muitas pessoas irritadas. O problema não afeta apenas a questão da limpeza, mas também a saúde de muita gente, principalmente crianças e idosos, que sofrem com as doenças respiratórias.

FURTO DE CDS
Uma leitora da Gazeta contou que furtaram o Cd de seu veículo recentemente e quebraram o vidro. Ela foi até uma oficina para fazer o conserto e perguntou para o funcionário se é comum esse tipo de ocorrência. Ele respondeu que sim, que trocava vários vidros na semana.

APARELHOS
E quem pensa que os ladrões escolhem os aparelhos mais avançados para obter mais dinheiro na hora de vender está enganado. A leitora perguntou na loja e foi informada que qualquer equipamento é levado sem a menor cerimônia. Inclusive tinha um homem que estava revoltado, pois alguém havia furtado do interior de seu carro um aparelho bem antigo.

REFLEXÃO
O furto desses equipamentos em grande escala ocorre porque também tem muitas pessoas que compram esses aparelhos de som automotivo, contribuindo com o aumento desse tipo de crime. Quantos são os motoristas que deixam de fazer boletim de ocorrência, para evitar mais transtornos. Seria importante que as autoridades policiais determinassem mais blitze em locais que vendem equipamentos suspeitos. Desta forma, seria possível apreender esses produtos e inibir esse crime.

José Antonio Encinas

terça-feira, 6 de julho de 2010

Coluna publicada na edição impressa do dia 05-07-10

MÉDICOS
O problema da falta de médicos nas unidades básicas de saúde voltou a ocorrer e gerar reclamações de vários usuários. Na última semana a reportagem da Gazeta mostrou a situação e em algumas especialidades, como ginecologia, as consultas estão sendo marcadas somente para setembro.

EXPEDIENTE CURTO
Mas o problema maior é o que foi revelado por uma recepcionista de um posto de saúde. O de que o médico pediatra contratado pela Prefeitura para atender durante quatro horas diárias está cumprindo expediente de apenas uma hora na unidade de saúde, consultando 16 crianças das 13 às 14h. Tenho certeza de que essa situação não ocorre somente nesse posto.

SINDICÂNCIA
Esse problema é muito sério e a Secretaria Municipal de Saúde promete investigar quem usa desse expediente, inclusive com abertura de sindicância. A situação é mais complicada do que parece. Com baixos salários, poucos médicos aceitam trabalhar no serviço público e aqueles que o fazem, precisam atuar em outros locais para complementar a renda.

DIFICULDADE
Com isso, se a Prefeitura for rigorosa quanto aos horários vai ficar sem profissionais, mas se não for, vai continuar a ter esse problema da falta de médicos em boa parte do dia nas unidades básicas de saúde. É que nem pano na boca de vaca. Se puxar rasga e se deixar ela engole.

PANFLETOS
Na última semana recebi uma reclamação de um leitor da Gazeta. Ele está indignado com o problema da distribuição indiscriminada de panfletos de publicidade de diversos tipos de estabelecimentos pela cidade. Sabemos que esse serviço emprega muitas pessoas que não conseguem vaga no mercado de trabalho, mas quem as emprega não passa o mínimo de orientação. Esses trabalhadores acabam jogando os panfletos nas casas, quando poderiam usar a caixa de correio.

SUJEIRA
O leitor da Gazeta disse ainda que nas ruas centrais, os pedestres recebem nas esquinas uma grande quantidade de panfletos, quando estes não são deixados nos para-brisas dos carros. Muitos acabam pegando o papel e jogam na calçada, deixando a cidade suja. Portanto, um pouco de educação e consciência por parte de quem entrega e de quem recebe os panfletos, ajudaria e muito.

SELEÇÃO
Logo no início da Copa do Mundo escrevi neste espaço que não estava muito entusiasmado com o futebol da nossa seleção. Meu argumento era que muitos jogadores não estavam no melhor da sua forma física, o que se comprovou depois. Kaká foi o exemplo mais claro dessa observação. Mesmo melhorando um pouco, ficou evidente que ele estava aquém do que pode desenvolver em campo. Na época, várias pessoas disseram que o colunista estava muito pessimista. Na verdade, como gosto muito de futebol, fui apenas realista.

José Antonio Encinas