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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Coluna publicada na versão impressa de 27-02-12

CASSAÇÃO
Na última coluna falei sobre consciência e sugeri que os vereadores que faziam parte da Comissão Processante analisassem bem os documentos enviados pelo Ministério Público, com as denúncias contra Silvio Félix. Muitas pessoas me chamaram de sonhador e de ingênuo pelas redes sociais. Mas no fundo ainda tinha a esperança de que alguém poderia mudar o voto.

MUDANÇA
E foi isso que aconteceu com Antonio Braz Nascimento, o Piuí (PDT), que não deve ter lido a documentação, mas sentiu, entre a população de seu bairro e da cidade, que a grande maioria pedia a cassação. E teve a humildade de mudar o voto, que acabou sendo decisivo para o resultado final.

EMOÇÃO
As pessoas que compareceram às duas sessões extraordinárias namara, apesar de alguns poucos excessos, conseguiram passar para quem acompanhava pela TV, rádio ou internet, muita emoção. Ao cantar o Hino Nacional e “sou limeirense, com muito ourgulho, com muito amor”, antes da votação, deixaram muita gente com um na garganta.

MELHOR
Acredito que a cassação foi melhor para a cidade, pois caso Félix retomasse o cargo, ficaria difícil de governar. A sociedade limeirense mostrou-se contra seu governo, o mesmo ocorrendo com os sindicatos e várias associações, além é claro, da maior parte da população. Caso ele fosse absolvido, também não teria mais a maioria namara, o que é um problema para a governabilidade.

ADVOGADO
O advogado José Roberto Batochio foi um capítulo à parte, na sessão que julgou o prefeito Silvio Félix. Ele usou de seu notório conhecimento jurídico para tentar explicar o possível enriquecimento ilícito da família Félix. Inclusive chegou a dar exemplos de imóveis de outros parlamentares, registrados com valor menor do que o de mercado, para esclarecer parte das denúncias.

ADVOGADO II
Batochio fez questão de ressaltar os faturamentos das empresas da Família Félix nos últimos anos, para mostrar recursos suficientes para as aquisições imobiliárias feitas, mas em momento algum disse que essas empresas pouco investiram na aquisição de equipamentos, para cultivar as plantas que comercializam.

José Antonio Encinas

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Coluna publicada na edição impressa de 20-02-12

CONSCIÊNCIA
Na última coluna falei sobre consciência, sugeri que os vereadores que faziam parte da Comissão Processante analisassem bem os documentos enviados pelo Ministério Público. Mas isso não ocorreu, como ficou registrado no livro que aponta as retiradas desses documentos para análise na Câmara. Apenas o relator Ronei Martins analisou toda a documentação.

CONSCIÊNCIA II
Parte dos vereadores preferiu seguir um relatório apresentado em separado pela vereadora Nilce Segalla, que pedia a absolvição do prefeito afastado Silvio Félix. Eles decidiram isso e têm o direito de o fazerem, mas causaram revolta na grande maioria das pessoas que estavam presentes ou acompanhando a sessão pelo rádio ou televisão.

EXEMPLO
Um amigo meu, professor universitário, estimulou seus alunos a comparecerem à sessão da última terça-feira, para acompanhar a votação do relatório que pediria a cassação do prefeito. Muitos estudantes foram assistir à reunião. Ele me confidenciou que vários deles deixaram o prédio da Câmara chorando, indignados com a atuação dos parlamentares.

ÚLTIMA CHANCE
Esses mesmos vereadores que foram favoráveis ao relatório apresentado por Nilce Segalla, e os demais, terão mais uma chance de refletir sobre todas as denúncias que pesam sobre o prefeito afastado e votar com consciência nesta quinta-feira. Seria bom se eles aproveitassem esses dias de carnaval para lembrar que o papel do Legislativo sempre foi o de fiscalizar o Executivo, o que essa legislatura pouco fez.

CARNAVAL
O carnaval de rua em Limeira, agora realizado na Marginal Oeste, perdeu um pouco do encanto dos áureos tempos, nas décadas de 70 e 80, realizados no centro da cidade. Os dirigentes das escolas de samba e dos blocos carnavalescos também reclamam bastante da falta de apoio por parte da Prefeitura. Mesmo assim, com muito trabalho e dedicação, conseguem levar um pouco de divertimento para a população, tão carente de eventos e lazer.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Coluna publicada na edição impressa de 13-02-12

CONSCIÊNCIA
A Câmara Municipal será palco amanhã de uma reunião, que pode, ou não, aprovar o relatório da Comissão Processante, que deve sugerir a cassação do prefeito Silvio Félix. Os vereadores que vão decidir essa questão terão que analisar bem os documentos apresentados e votar de acordo com a consciência.

PÚBLICO
Para acompanhar essa reunião da Comissão Processante haverá, com certeza, um público superior àquele que compareceu na sessão que afastou o prefeito do cargo, em novembro do ano passado. Como todos sabem, a pressão para que os vereadores votem pela aprovação do relatório que pede a cassação de Félix será enorme.

DEFESA
Os advogados do prefeito afastado têm se desdobrado em tentar impedir o prosseguimento das investigações contra a família Félix. Além disso, também tentaram, a todo custo, barrar a continuidade da Comissão Processante, mas a Justiça negou em todas as situações.

DISCURSO DIFERENTE
O estranho é que assim que as denúncias foram feitas, o prefeito foi a primeiro a dizer que queria que tudo fosse investigado para provar sua inocência. Ele inclusive foi favorável à instauração da Comissão Processante, na qual disse que iria para se defender. Mas agora mudou o discurso.

COMÉRCIO
Com as exigências feitas pelo Sindicato dos Comerciários de Limeira para o Sindicato dos Comerciantes, para a ampliação do horário aos sábados até as 16 horas, acho pouco provável que a medida seja colocada em prática. Estão pedindo até a redução da jornada de trabalho, de 44 horas semanais para 40 horas, além de 100% nas horas extras e outros benefícios.

PESSIMISMO
Muitos comerciantes parecem não achar que vão vender mais, se abrirem suas lojas por mais duas horas, aos sábados. E a maioria deles não aceita ter mais gastos com os funcionários. Com isso, quem vai continuar sendo beneficiado são os comerciantes da região, principalmente os shopping centers, que têm um horário diferenciado.

José Antonio Encinas

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Coluna publicada na edição impressa de 06-02-12

SEGURANÇA
Notícia divulgada na última semana de que Limeira está entre as 10 cidades com maior número de furto de veículos e tráfico de entorpecentes no Estado chamou a atenção. Não é de hoje que falamos sobre a criminalidade, mas essa posição alcançada por nosso município não é muito agradável.

SEGURANÇA II
Saber que vivemos numa cidade onde os índices de vários crimes estão tão altos é preocupante. Mais preocupante ainda é observar que as forças policiais estão cada vez mais com menor efetivo, apesar do esforço de todos em suprir todas essas necessidades. É nessa hora que a falta de representantes na Assembleia Estadual fica clara, pois o Município fica sem força para cobrar mais atenção do governo do Estado.

SACOLINHAS
A polêmica em torno das sacolinhas plásticas, que deixaram de ser distribuídas na maioria dos supermercados, é grande. Entendo que preservar o meio ambiente é muito importante, mas essa medida, que visa somente as sacolas plásticas não vai resolver todos os problemas.

EMBALAGENS
Digo isso porque se prestarmos atenção, fica claro que não são as sacolas de supermercado que são usadas indiscriminadamente. Centenas de produtos que compramos usam embalagens plásticas, e até agora não soube de nenhum projeto para proibir as indústrias que processam alimentos a mudar esse tipo de embalagem. Será que somente a sacolinha é a responsável pela degradação do meio ambiente?

PLANEJAMENTO
Acho que não, que é um conjunto de fatores que deveria ser melhor planejado pelas autoridades. Essa medida, a princípio, vai apenas reduzir as despesas dos supermercados, que não vão repassar isso para os preços dos produtos. Enquanto isso, as pessoas estão tendo que se desdobrar para acomodar os produtos que compram para levá-los para a casa sem quebrar ou danificar nada.

GRATUITO
Em Campinas o Procon informou os supermercados que eles são obrigados a fornecer aos seus clientes uma forma gratuita de transporte dos produtos. Aqueles que não oferecerem outras opções (como caixas de papelão), terão que distribuir a sacolinha biodegradável, sem custos para os consumidores. Em São Paulo os supermercados terão mais 60 dias para se adequar às novas regras.

José Antonio Encinas