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segunda-feira, 26 de março de 2012

Coluna publicada na edição impressa de 26-03-12

GREVE
O primeiro grande problema para o prefeito Orlando Zovico é o impasse sobre o projeto de lei que reajusta o salário dos servidores públicos, que vai a votação hoje namara. A categoria não aceita o acordo, feito recentemente entre o Executivo e o Sindicato dos Servidores Públicos de Limeira (Sindsel).

CONFRONTO
Do jeito que a coisa caminha é possível até que haja um confronto entre os professores e os demais funcionários públicos antes, durante ou após a votação do projeto de lei. É que tanto os professores como os demais servidores estão sendo convocados por seus sindicatos a estar namara para “marcar presença” e pressionar os vereadores de acordo com os interesses de cada categoria.

DIÁLOGO
Entendo que o prefeito queira respeitar o acordo firmado com o Sindsel, mas acho errado o fato de ele nem ao menos receber representantes da categoria para uma conversa sobre as reivindicações dos professores, que estão em greve. Numa situação dessas, o diálogo é a melhor solução.

PREJUÍZO
Ser irredutível nesta hora vai prolongar a paralisação e prejudicar muitas famílias, que não têm onde deixar seus filhos para trabalhar. Esse filme nós vimos várias vezes em Limeira, principalmente no governo Félix, que nos primeiros anos no poder também foi irredutível e causou transtornos. Depois, em outros anos, mais calejado, Félix conversou com os sindicalistas e evitou novas paralisações.

CONSELHO
Como diz o ditado, se conselho fosse bom ninguém daria, mas venderia. Mesmo assim, vou aconselhar o prefeito a receber representantes das duas categorias, hoje pela manhã ou no começo da tarde. Isso pode ajudar a evitar confusão durante a votação do projeto de lei. E também não vai transferir para os vereadores um problema que tem que ser resolvido pelo Executivo.

AGRAVANTE
Outro agravante é que neste ano, por haver eleições municipais, o aumento salarial para os servidores tem que ser votado até o dia 6 de abril, ou seja, com seis meses de antecedência. Caso isso não ocorra, todos os funcionários municipais vão ficar sem reajuste. Com isso, o prefeito teria um enorme pepino para descascar, logo no segundo mês no comando da Prefeitura.

José Antonio Encinas

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