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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Enfoque - 14-10-13

Coluna publicada na edição impressa de 14-10-13

MIGUEL
Peço licença aos leitores, mas hoje vou falar um pouco sobre uma pessoa humilde, com pouco estudo, mas que tinha um coração enorme e que gostava de fazer o bem. Na última semana, perdi meu pai, Miguel Santos Encinas, que tinha 88 anos. Ele chegou em Limeira em 1958, trabalhou na Prefeitura, na Citro Brasil e por quase 30 anos na Indústria de Móveis Brigatto, dando sua parcela de contribuição para o desenvolvimento desta cidade.

DEDICAÇÃO
Na Brigatto, era conhecido como “Seo Miguel”, uma pessoa que estava sempre de bem com a vida e lá fez uma legião de amigos. Meu pai ficou viúvo em 1981, quando eu tinha 14 anos e minha irmã, Maria Silvia, apenas 12. Ele dedidou o resto de sua vida aos filhos e ao trabalho, sempre nos passando bons exemplos, aqueles que todos deveriam passar aos seus filhos.

LEITURA
Mesmo com pouco estudo, meu pai adorava ler jornais e revistas. Sempre foi um apaixonado por futebol, principalmente pelo Palmeiras e a Inter, que conheceu quando chegou em Limeira. Não perdia uma partida na Vila Levy, e me levava com frequência ao Limeirão para ver os jogos do Leão, quando eu era criança e depois adolescente.

PROFISSÃO
Essa leitura diária de jornais me despertou a paixão pelo jornalismo, profissão que escolhi e que teve uma grande influência do “Seo Miguel”. E ele tinha muito orgulho de dizer que o filho trabalhava na “Gazeta de Limeira”, jornal que lia diariamente, “de cabo a rabo”, como diziam os antigos, e que a filha era enfermeira da Santa Casa. E isso sempre me deixou muito feliz, pois mesmo com dificuldades ele conseguiu encaminhar bem os dois filhos.

AGRADECIMENTO
Por isso, o que ficará na minha memória serão os conselhos que ele me deu, o exemplo de honestidade, de bondade, de sempre ajudar o próximo, enfim, fazer aquilo que é certo e poder dormir todas as noites com a consciência tranquila. Pai, obrigado por tudo.

José Antonio Encinas

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